Silêncio


Silêncio,
silêncio!
Agora começo a compreender,
esta fome, esta sede,
vinda de algum lugar distante (tão próximo!)

Silêncio,
busco o que não está nas palavras,
no barulho do mundo.
o que está além, além, além...

Silêncio,
para que eu escute
o que está dentro,
o que murmura esta canção...

Pode ouvir?
Está além da audição,
desse tempo, desse lugar comum,
de tudo que conhecemos.

Silêncio,
mesmo que nos tomem como loucos,
não importa, eles nada sabem,
loucos são os que vivem neste tempo,
nas palavras que nada dizem do que é verdadeiro.

Deixe-os com os seus pares,
com seus barulhos.
Vem comigo a algum lugar
descobrir este segredo,
mergulhar em todo mistério.

É lá, é lá que está,
Eu sei, você também,
o caminho verdadeiro,
que nos levará ao grande mar.

Comentários

Anônimo disse…
Oi Ana,
Dei uma passadinha para ver as novidades e me deparo que esse lindo poema. É verdade como as pessoas "jogam" palavras ao vento. As pesoas fogem do silêncio porque não gostam de ficar a sós consigo mesmas. Saber ouvir é mais sábio do que falar.
Beijos na Alma,