Versos do coração

Ouso soltar meus versos,
novamente.
Já muito os podei,
quando tenros brotos ameaçavam crescer.

Como se fossem ervas daninhas,
que não são.
Apenas os cortei porque pensei tornar assim
este coração um pouco mais compreensível.

É que meu coração é de poeta enternecido,
vaga como louco nos versos de Rumi,
é prenhe de Deus como em Francisco,
mas como compreender um coração assim ininteligível?

É nas nuvens brancas que vagam meus versos,
é no canto dos pássaros que aqueço meu coração,
é na dança das folhas ao vento que bailam meus pés,
é no céu estrelado que se perde meu olhar...

Quem sabe os deixo crescer,
maturar sonhos, mesmo impossíveis,
deixar a alma livre,
e o coração sensível, sincero!

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