Shangri-La

Quem és tu,
que finge não me ver,
não tomar conta de minha existência
ao teu redor.

Quem és tu,
que finge ler, ouvir música,
nada saber,
de mim ou de tu mesmo.

Quem és tu,
que caminhas ao lado,
achado ou perdido,
que tira fotos do que não vê.

Quem és tu, se me ignoras,
se não me olhas,
se não me sabes,
e se não sabe que eu também sou tu.

Querido amigo, amiga, quase desconhecidos.
Eu te olho, eu te vejo,
e se desconheço tua dor, tua alegria e tristeza,
se nada sei de tua vida, ainda sou igual.

Caminhamos, juntos ou separados,
por entre flores ou espinhos,
e tua dor e sorriso não é diferente para mim,
nem tão pouco indiferente.

Caminhamos buscando a luz,
um pouco de paz, de amor de verdade,
querendo conhecer o que não sabemos.
Somos tão iguais!

Vem,
me dê a mão,
o seu olhar.
Vamos juntos procurar
o caminho para Shangri-La.

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