Vida efêmera

Tudo vão,
palavras vãs,
que como folhas mortas
caem no chão.

Contradição da alma,
que para Ser
precisa viver,
e ao mesmo tempo deixar-se morrer.

Tudo em vão? Eu sei que não.
Viver é preciso,
como é preciso amar,
e entregar-se ao amor.

Como é preciso
deixar-se levar pela brisa leve da tarde,
derreter aos raios do sol,
para brilhar à luz do luar...

Como é preciso
dissolver-se nas águas profundas do mar,
deixar-se levar na correnteza do rio,
viver a vida efêmera de uma flor...

Viver é preciso,
deixando-se morrer em cada instante,
para de uma pequena borboleta
ser o vôo fugaz e impreciso.

Comentários

Simone Anjos disse…
Amiga Ana,
Deixar-se levar, pois viver é preciso, com e sem certezas. Permitir a vida fluir naturalmente...
Beijos na alma,
Simone Anjos disse…
Ah, gostei das fotos no Egito. Deve ter sido muito interessante visitar lugares repletos de energia.
abraços,