Para que eu exista


Carne, carne, carne!
Faça-se, torne-se, exista de uma vez por todas!
Cansei de karma,
cansei de todas as coisas que não me deixam ser!

Carne, que anseia por vida,
cheia de vida,
macia, doce, perfumada!

Carne, bela em todas as formas,
em todas as cores,
de todos os jeitos e trejeitos.

Carne, que aguarda todos os toques,
cheia de sensibilidade,
de verdades, de amores.

Carne, que se desfaz de todas as memórias
que já não servem mais,
para ser tão somente o receptáculo mais belo e sensível
do meu ser...

Carne, carne, carne,
Eu peço, eu mantro, eu canto, eu danço,
para que me encantes!

Que sem ti, nada sou,
nada posso.
Sou sombra acuada,
vida que anseia vida.

Se é preciso morrer para nascer,
eu já morri;
desejo nascer em ti,
ensina-me a viver...

Então que venha,
que se renove,
que resplandeça.

Seja carne, seja vida,
frescor, vida, beleza.
Vamos juntas tocar a jornada,
nosso caminho vai dar no sol!

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