Na montanha

Eis que me vejo,
Como uma criança,
Braços abertos sobre a montanha,
Olhos fechados,
Meus pulmões sorvem o ar gelado...

Que desígnios tens para mim meu Pai?
Já não tenho medo,
Reconheço Tua luz em meus dias,
Espero Tua voz,
Teu silencioso chamado que me guia...

No entanto sei que nada sei,
Que do Teu seio vim,
E que sou pequena criança
Que a Teus pés engatinha...

Abro meus braços,
Quero voar sobre as brumas
Que a Terra encobrem,
Quero me lançar à Tua vontade,
Apreender de Teu hálito o amor,
Deixar de ser em Tua divina mente...

Quero ser centelha a brilhar em Tua Luz,
Descobrir-Te em mim,
Descobrir-me em Ti,

E da montanha que subi,
Das memórias que vivi,
Guardarei de lembranças
Tudo que aprendi,
Neste planeta azul sem fim...

Ana Liliam

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